segunda-feira, 18 de junho de 2012

O SENHOR DOS ANÉIS

O Senhor dos Anéis - O Livro
 O Senhor dos Anéis (título original em inglês: The Lord of the Rings) é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien. A história começa como sequência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e logo se desenvolve numa história muito maior. Foi escrito entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial. Embora Tolkien tenha planejado realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e 1955, e foi assim, em três volumes, que se tornou popular. Desde então foi reimpresso várias vezes e foi traduzido para mais de 40 línguas, somando os 3 livros publicados já venderam mais de 160 milhões de cópias, tornando-se um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX
A primeira edição em português, da extinta editora Artenova (tradução de Antônio Rocha e Alberto Monjardim), era constituída por seis volumes, o primeiro dos quais intitulava-se "Terra Mágica". A segunda edição em português foi editada em Portugal durante os anos de 1980, pela editora Europa América.
A história de O Senhor dos Anéis ocorre em um tempo e espaço imaginários, a Terceira Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente, segundo Tolkien, numa Europa mitológica, habitado por Humanos e por outras raças humanóides: Elfos, Anões e Orcs. Tolkien deu o nome a esse lugar a palavra do inglês moderno, Middle-earth (Terra-Média), derivado do inglês antigo, Middangeard, o reino onde humanos vivem na mitologia Nórdica e Germânica. O próprio Tolkien disse que pretendia ambientá-la na nossa Terra, aproximadamente 6000 anos atrás, embora a correspondência com a geografia e a história do mundo real fosse frágil.
A história narra o conflito contra o mal que se alastra pela Terra-média, através da luta de várias raças - Humanos, Anões, Elfos, Ents e Hobbits - contra Orcs, para evitar que o "Anel do Poder" volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor do Escuro. Partindo dos primórdios tranquilos do Condado, a história muda através da Terra-média e segue o curso da Guerra do Anel através dos olhos de seus personagens, especialmente do protagonista, Frodo Bolseiro. A história principal é seguida por seis apêndices que fornecem uma riqueza do material de fundo histórico e linguístico.
Juntamente com outras obras de Tolkien, O Senhor dos Anéis foi objeto de extensiva análise de seus temas e origens literárias. Embora um grande trabalho tenha sido feito, a história é meramente o resultado de uma mitologia na qual Tolkien trabalhava desde 1917. As influências sobre este antigo trabalho e sobre a história do Senhor dos Anéis englobam desde elementos de filologia, mitologia, industrialização e religião até antigos trabalhos de fantasia, bem como as experiências de Tolkien na Primeira Guerra Mundial. O Senhor dos Anéis teve um efeito grande na fantasia moderna, e o impacto de trabalhos de Tolkien é tal que o uso das palavras "Tolkienian" e "Tolkienesque" ("Tolkieniano" e "Tolkienesco") ficou gravado no dicionário Oxford English Dictionary.
A enorme e permanente popularidade de O Senhor dos Anéis levou a numerosas referências na cultura pop, à criação de muitas sociedades de fãs da obra de Tolkien e à publicação de muitos ensaios sobre Tolkien e seu trabalho. O Senhor dos Anéis inspirou (e continua inspirando) trabalhos de arte, a música, cinema e televisão, videogames e uma literatura paralela. O cineasta estadunidense George Lucas admitiu em uma entrevista que sua saga, Star Wars, foi inspirada na saga de Tolkien. Adaptações do livro foram feitas para rádio, teatro e cinema. Em 2001 – 2003 foi lançado o filme A Trilogia de O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings film trilogy), que promoveu uma nova explosão de interesse pelo Senhor dos Anéis e por outras obras do autor.

Estrutura da obra

Já foi dito que a obra deveria ser lançada em um único volume, mas foi dividido em três como forma de baratear os custos (havia racionamento de papel na Inglaterra do pós-guerra). Cada volume é dividido em dois tomos ou "livros".
O primeiro volume, A Sociedade do Anel, publicado em 1954, contém um prólogo, no qual são dadas as características dos Hobbits.
O segundo volume, As Duas Torres, publicado alguns meses depois de A Sociedade do Anel, também em 1954, continua a história original com mais personagens.
A saga termina com a publicação em 1955 do terceiro volume, intitulado O Retorno do Rei, que contém diversos apêndices explicativos sobre a história, as línguas, a cronologia da narrativa e outras informações adicionais sobre a mitologia criada por Tolkien para a sua Terra-Média.
J. R. R. Tolkien
O pano de fundo da história é revelado enquanto o livro progride, e elaborado também nos apêndices, no Silmarillion e em Contos Inacabados, os últimos publicados após a morte de Tolkien. Começa milhares de anos antes da ação no livro, com a ascensão do epônimo senhor dos anéis, senhor do escuro Sauron, possuidor de grandes poderes supernaturais, que governava o temido reino de Mordor. No fim da Primeira Era da Terra Média, Sauron sobreviveu à catastrófica derrota e o exílio de seu mestre, a figura fundamental do mal, Morgoth e durante a Segunda Era Sauron planejou ganhar o domínio sobre a Terra Média. Sob aparência de "Annatar" ou senhor dos presentes ajudou os elfos ferreiros de Eregion, e fomentou a forja dos anéis mágicos que conferenciaram vários poderes e habilidades aos seus portadores, mas Celebrimbor, líder dos elfos ferreiros (muito talentoso e neto de Fëanor que criara as Silmarils na Primeira Era), os tinha forjado independentemente de Sauron. Os mais importantes destes foram os dezenove anéis do poder ou os Grandes Anéis.
Então Sauron forjou secretamente um Grande Anel para si próprio, o Um Anel, pois planejava escravizar os portadores dos outros anéis do poder. Este plano falhou em parte porque os elfos tomaram ciência dele e esconderam seus anéis, os Três Anéis Élficos, dando-os aos Sábios de seu tempo (Galadriel, Círdan e Gil-Galad). Nesses, Sauron jamais tocou. Sauron lançou-se então à guerra, durante a qual capturou dezesseis dos anéis do poder e os distribuiu aos senhores e aos reis dos anões e dos homens. Estes anéis foram conhecidos como os sete e os nove respectivamente. Os Senhores Anões se provaram demasiado resistentes à escravização, embora seu desejo natural para a riqueza, especialmente ouro, aumentasse; isto trouxe muitos conflitos entre eles e outras raças. Dos sete Anéis que tinham sido dados aos Senhores Anões, Sauron recuperou os que não tinham sido destruídos, e dos nove Anéis presenteados aos Homens, Sauron trouxe todos para sua custódia. Esses humanos portadores dos Nove lentamente se corromperam e transformaram-se consequentemente nos morto-vivos, Nazgûl, os Espectros do Anel, os servos mais temidos de Sauron.
O Um Anel
Após 1500 anos, o Numenorianos enviaram uma grande força para destruir Sauron, conduzida por seu poderoso monarca Ar-Pharazôn, o Dourado. Abandonado por seus servos, Sauron rendeu-se e foi feito prisioneiro de Númenor. Entretanto, com perspicácia e força de vontade, começou a aconselhar o rei e envenenou as mentes do Númenorianos contra os Valar. Iludiu seu rei, aconselhando-o a invadir as Terras Imortais para conseguir ser imortal como os Valar e os elfos. Os Valar, ao saberem da invasão, invocaram Eru Ilúvatar, que causou um deslizamento de terras sobre os Númenorianos, e abriu uma grande abismo no mar, destruindo Númenor e separando as Terras Imortais das Mortais. O corpo físico de Sauron foi destruído, mas seu espírito retornou a Mordor e assumiu um nova e terrível forma. Alguns Númenorianos (chamados de Fiéis por não terem deixado de adorar Ilúvatar) também obtiveram sucesso em escapar para a Terra-média. Esses eram chamados de Elendili e foram conduzidos por Elendil e seus filhos Isildur e Anárion.
Depois de cem anos, Sauron lançou um ataque contra os Númenorianos exilados. Elendil formou a Última Aliança dos Elfos e dos Homens com o Elfo-rei Gil-galad. Marcharam de encontro a Mordor, derrotando os exércitos de Sauron na planície de Dagorlad e sitiaram a fortaleza Barad-dûr, onde Anárion morreu. Após sete anos sitiado, o próprio Sauron foi forçado a vir para fora e entrar num combate com os líderes. Gil-galad e Elendil foram mortos enquanto lutavam com Sauron e a espada de Elendil, Narsil, quebrou-se. O corpo de Sauron foi subjugado e morto e Isildur cortou o Um Anel de sua mão com que sobrara da espada, Narsil; quando isto aconteceu, o espírito de Sauron fugiu e não reapareceu por muitos séculos. Isildur foi aconselhado,por Elrond, a destruir o Um Anel arremessando-o no vulcão da Montanha da Perdição onde foi forjado, mas atraído pela sua beleza, Isildur preferiu conservá-lo para que fosse a herança de seu povo.
Começou assim a Terceira Era da Terra-média. Dois anos mais tarde Isildur e seus soldados foram atacados em uma emboscada por um bando de Orcs no que foi chamado posteriormente de Desastre dos Campos do Lis. Quase todos os homens foram mortos, mas Isildur escapou pondo o Anel, que torna invisível quem o coloca. Mas o Um traiu o seu portador, escapando do dedo de Isildur, que foi visto e flechado pelos orcs, e o Anel foi perdido por dois milênios.
Foi então encontrado, por acaso, no rio por um ancestral dos hobbits chamado Déagol. Seu parente e amigo Sméagol o estrangulou para roubar o Anel. Sméagol fugiu para a Montanhas Sombrias depois de ter sido expulso de casa, e nas raízes das montanhas se transformou numa criatura repulsiva e nojenta chamada Gollum.
Em O Hobbit, aproximadamente 60 anos antes dos eventos do Senhor dos Anéis, Tolkien relacionou a história do encontro aparentemente acidental do Anel por um outro hobbit, Bilbo Bolseiro, que o leva para sua casa, o Condado. Foi somente durante a criação de O Senhor dos Anéis que Tolkien relacionou as histórias. Nem Bilbo nem o mago Gandalf estavam cientes neste momento que o anel mágico de Bilbo era o Um Anel, forjado pelo senhor do escuro, Sauron.
A saga do Anel conta, no final da Terceira Era, a luta entre os povos livres da Terra-média contra Sauron, que procura pelo Um Anel e tem o intuito de dominar toda a Terra-média, assim como seu mestre, Morgoth, tentara anteriormente.  

A Irmandade do Anel (A Sociedade do Anel)

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
Frodo Bolseiro é um hobbit do Condado, que recebe de seu tio Bilbo um anel de rara beleza. Esse anel tem uma longa história: foi roubado de uma criatura chamada Gollum (como relatado no livro O Hobbit), e desde então ele tem sido guardado por Bilbo.
o Mago Gandalf, um velho amigo de Bilbo, percebe o poder que aquele anel possui, não sendo um anel comum, mas sim o Um Anel, artefato mágico forjado por Sauron, o Senhor do Escuro, e que fora perdido numa batalha muito tempo antes. Se recuperado, o Um Anel permitiria a Sauron o domínio definitivo sobre toda a Terra-média. O Um Anel, ou Anel do Poder, dera longevidade fora do comum a seu antigo dono, Bilbo, e possuia consciência, uma vontade própria que o conduzia sempre na direção do seu criador e senhor. Gandalf aconselha Bilbo a deixar o Condado, planejado para ocorrer até a festa de aniversário daquele ano. Gandalf parte, para resolver alguns assuntos, mas combinando que voltaria para acompanhar Frodo, porém, não manda notícias durante vários meses. Chegando a data prevista, Bilbo decide deixar o Condado e deixa tudo para Frodo. Depois de um tempo, Gandalf retorna e convence Frodo a partir para destruir o anel, após vender Bolsão,Frodo leva consigo seus amigos Sam, Merry e Pippin para sua aventura.
Os hobbits resolvem pegar um atalho que passa através da Floresta Velha, lar de árvores que se comunicam entre si. Dentro da Floresta, os hobbits são salvos de uma árvore violenta por um estranho ser que adora cantar: o enigmático Tom Bombadil, um dos maiores mistérios de Tolkien.
Passando por outros perigos, os hobbits chegam a Bree, uma vila habitada por Homens e hobbits, perto da fronteira do Condado, e lá aceitam a ajuda de um Guardião chamado Passolargo, amigo de Gandalf, que os guia até Rivendell, um reino ainda habitado por elfos, seres imortais, detentores de grande poder, beleza e sabedoria. Mas o caminho ainda é perigoso: o grupo é emboscado no Topo do Vento e Frodo acaba apunhalado por um Nazgûl, Espectro do Anel. Passos de Gigante consegue repelir a ofensiva do Inimigo e foge com Frodo, que está gravemente ferido, e os outros hobbits. Quando estão a ser novamente alcançados pelos Espectros do Anel, o elfo Glorfindel encontra-os e condu-los em segurança até Valfenda. Os Nazgûl tentam detê-los mas são varridos pela inundação súbita do rio Baraduin.
Já curado, Frodo descobre as maravilhas de Valfenda e lá é realizado um conselho liderado por Elrond, o meio-elfo mestre de Rivendell e pai de Arwen, a amada de Passos de Gigante, cujo verdadeiro nome é Aragorn, que se revela descendente de Isildur e herdeiro do Trono de Gondor.
No Conselho de Elrond são expostos os problemas relacionados ao Um Anel. Boromir, filho do regente de Gondor, sugere usar o Anel do Poder contra Sauron. Elrond e Gandalf rejeitam a ideia imediatamente e explicam os vários motivos pelos quais não podem usá-lo contra o "Senhor dos Anéis": Sauron é o único e verdadeiro mestre do Anel, pois o forjou, sendo portanto totalmente maligno, além disso, seu poder é grande demais para ser controlado por mortais comuns e mesmo os poderosos entre os povos livres da Terra-Média, como os imortais elfos (Elrond) e os magos (Gandalf), temem inclusive tocá-lo. O poder quase absoluto do anel corrompe o carácter e deforma a personalidade daquele que se atreve a empunhá-lo, ainda que movido por boas intenções. Quem quer que tente derrotar Sauron utilizando o anel, acabará tornando-se o próximo Senhor do Escuro.
Dada a impossibilidade de utilizar o Um Anel como arma de guerra, é imposta a tarefa de levá-lo até a Montanha da Perdição, um vulcão localizado no centro de Mordor, a Terra Negra do Inimigo, onde o anel fora forjado e também o único lugar onde poderia ser destruído.
Para essa missão, de sucesso improvável, é formada a Irmandade do Anel, composta por nove companheiros:quatro hobbits (Frodo,Sam,Merry e Pippin), dois humanos (Aragorn e Boromir), um elfo (Legolas), um anão (Gimli) e um mago (Gandalf). Frodo seria o Portador do Anel, aquele que deveria lançar o Anel nos fogos de Orodruin.
Frodo Bolseiro
A Irmandade do Anel parte em direção a Sul. Cientes que essa rota está sendo vigiada pelo Inimigo, o grupo faz um desvio para Leste através das Montanhas Nebulosas, mas são obrigados a voltar por causa da neve e do frio. Um caminho alternativo leva-os até a temida Moria, reino subterrâneo dos anões, onde Gandalf é morto lutando com um Balrog, um demónio do mundo antigo. Os outros companheiros escapam e chegam em segurança a Lothlórien, reino da rainha élfica Galadriel, temida por seu poder mas dotada de rara beleza e sabedoria. Nesse reino encantado, onde o tempo parece não passar, os viajantes recebem auxílio e conselhos. Após algumas semanas de descanso, a Irmandade do Anel, agora liderada por Aragorn, parte de Lothlorien em direção a Sul, navegando pelo grande rio Anduin em canoas construídas pelos elfos da Floresta Dourada. Quando param para descansar próximo às cataratas de Rauros, Boromir tem uma discussão com Frodo, e tenta roubar-lhe o Anel do Poder. Frodo foge e decide ir sozinho para Mordor, mas acaba levando Sam. Quando os outros membros da Irmandade do Anel vão em busca de Frodo, são atacados por Uruk-hai (sub-espécie de Orc, mais alta e forte) enviados por Saruman, um mago renegado que se aliou a Sauron, mas que também ambiciona o Anel do Poder.
Na luta que se segue, a Irmandade é rompida:Merry e Pippin são capturados pelos uruk-hai, Boromir morre ao defendê-los, Aragorn, Legolas e Gimli decidem resgatar os hobbits aprisionados, Frodo e Sam partem sozinhos para a Montanha da Perdição

As Duas Torres

O Senhor dos Anéis - As Duas Torres
Aragorn, Legolas e Gimli seguem os rastros dos hobbits capturados (Merry e Pippin) e o caminho condu-los até a Floresta de Fangorn. Nela encontram o Mago Branco que inicialmente pensam ser Saruman, o traidor. No entanto, o velho enigmático revela-se Gandalf, que morreu enfrentando o Balrog e retornou da morte para cumprir sua missão na Terra-Média. Os quatro seguem então para Rohan, Terra dos Cavalos. Sua capital Edoras fica no alto de uma colina, onde os rohirrim ergueram Meduseld, O Palácio Dourado. Nele vive o rei Théoden , cuja mente fora envenenada por Saruman através de um agente infiltrado, o conselheiro Gríma Língua-de-cobra. Gandalf expulsa Grima, cura o rei de seus males, e o aconselha a enfrentar a ameaça de Saruman e partir rumo a Isengard, fortaleza de Saruman, com todos os guerreiros disponíveis.
Enquanto isso, os hobbits Merry e Pippin conseguem escapar dos uruk-hais, e fogem para o interior da Floresta de Fangorn. Lá encontram Barbárvore, um Ent, um gigante em forma de árvore, e cujas origens remontam a tempos muitíssimo mais antigos que a Terceira Era, na qual se passa essa história.
Barbárvore leva Merry e Pippin a sua casa, onde descansam enquanto os Ents são convocados para uma reunião (o "Entebate") no qual se discute, na lentíssima língua dos ents, o que fazer com o Inimigo Saruman. Os Ents decidem ir à guerra e partem rumo a Isengard. Os Ents invadem a fortaleza de Saruman, massacram os odiados orcs, que haviam derrubado muitas árvores de Fangorn, e apagam as fornalhas de Isengard desviando o curso do Rio Isen. Todo o círculo de Orthanc é inundado, ficando Saruman isolado pelas águas em sua Torre de pedra.
De volta a Rohan, o rei Theoden envia velhos, mulheres e crianças para a segurança do Templo da Colina, um refúgio nas montanhas, enquanto os cavaleiros de Rohan partem em direção a Isengard. Entretanto, são obrigados a fazer um desvio que os leva até o Abismo de Helm, um estreito desfiladeiro onde os rohirrim construíram uma fortaleza de pedra (o Forte da Trompa"). Nela, as tropas de Rohan buscam refúgio mas acabam sitiadas pelos Uruk-hai de Saruman. Após horas de batalha sangrenta, os orcs são derrotados com a ajuda de outras tropas de Rohirrim, trazidas por Gandalf. Os Orcs remanescentes fogem mas são massacrados pelos Huorns, Ents mais arvorescos, que buscam vingança pela destruição da Floresta de Fangorn.
Finda a Batalha do Abismo de Helm, o rei Theoden, Gandalf, Aragorn, Legolas e Gimli, cavalgam até Isengard. Ao chegarem lá, encontram Merry e Pippin sãos e salvos, e surpreendem-se com os hobbits se fartando com as provisões de comida, vinho e fumo da fortaleza do Inimigo. Numa última e desesperada tentativa, Saruman procura seduzir o grupo com sua voz persuasiva, quase hipnótica, mas Gandalf anula o feitiço e ainda o expulsa da ordem dos Istari, quebrando seu bastão. Nesse momento, Gríma língua-de-cobra atira da Torre de Orthanc um Palantír, pedra vidente que é capaz de comunicar-se com outras semelhantes. Gandalf recolhe-a para posterior averiguação.
À noite no acampamento, Pippin, em sua incontrolável curiosidade, agarra o Palantír e olha para o seu interior, e numa visão, vê o próprio Sauron, mas por sorte não revela nada dos planos dos povos livres, e ainda vê uma parte dos planos do Senhor dos Anéis: seu primeiro ataque será contra a capital do Reino de Gondor, a cidade de Minas Tirith.
Gandalf parte então com Pippin para Minas Tirith a fim de alertar Gondor da guerra iminente, encerrando assim a primeira parte de As Duas Torres.
A segunda parte do livro, que fala sobre Frodo e Sam, inicia-se com a captura de Gollum. Em troca de sua liberdade, ele promete levar os dois até Mordor, onde fica a Montanha da Perdição. Assim é feito.
Mas Gollum não é totalmente fiel, nem totalmente sincero. Apenas Sam é capaz de perceber suas verdadeiras intenções. Gollum é uma criatura velha e "pegajosa" que já foi um hobbit, mas que foi possuído pelo poder do Um Anel, e jamais conseguiu libertar-se dessa atração: um lado de sua personalidade dividida quer levar os hobbits até Mordor em segurança, mas a outra pretende matá-los e apossar-se do Anel que lhe foi roubado.
Atravessando vários lugares, os hobbits são guiados até o Portão Negro de Mordor, mas este está fechado, e os hobbits, conduzidos por Gollum, seguem outro caminho.
Ao pararem para descansar e comer, Frodo e Sam testemunham uma batalha entre Homens de Gondor e os Haradrim, aliados de Sauron. Gollum desaparece e os hobbits são capturados por uma patrulha chefiada por Faramir, irmão de Boromir. Frodo e Sam são levados até um esconderijo situado atrás de uma cachoeira onde Sam inadvertidamente revela o objetivo da missão (a destruição do anel do poder).
Frodo repreende Sam e teme que Faramir seja como seu falecido irmão e queira tomar o anel para si. Entretanto, para sua surpresa, Faramir revela grande força de caráter e nobreza de coração, e os liberta para que possam cumprir sua tarefa.
Os hobbits reiniciam sua jornada para Mordor, com Gollum como seu guia, e decidem atravessar as montanhas através de Cirith Ungol, local de má fama, considerado maldito e perigoso. Este caminho os leva até uma escada talhada em um paredão de rocha, que termina num túnel. O plano de Gollum, que se rendeu ao mal, é guiá-los através desse túnel e lá dentro entregá-los a Laracna, uma aranha gigantesca, descendente da terrível Ungoliant. O esquema de Gollum funciona em parte: Frodo é picado por Laracna, mas Sam luta desesperadamente contra o terrível aracnídeo e acaba derrotando-o com um golpe de espada num ponto fraco de sua couraça.
Legolas
Convicto da morte de Frodo, Sam decide assumir o fardo do anel e completar a missão de seu mestre. Nesse ínterim, uma patrulha de orcs se aproxima, e Sam volta para evitar que o cadáver de Frodo vire carniça de orcs. Sam ouve a conversa dos servos de Sauron e tem um choque ao saber que Frodo na verdade não estava morto, apenas inconsciente.As Duas Torres termina com os orcs levando o adormecido Frodo para a Torre de Cirith Ungol e com o Hobbit Samwise Gamgee em desespero, que tem de escolher entre continuar a missão do Anel ou tentar salvar Frodo das garras dos orcs.

O Regresso do Rei (O Retorno do Rei)

O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
 Gandalf e Pippin entram na cidade de Minas Tirith, onde se encontram com Denethor, regente do reino de Gondor. Gandalf o avisa da guerra próxima, e o regente pede a ajuda de Rohan, mas revela seu rancor por Aragorn, que, sendo descendente direto do último rei, é o herdeiro legítimo do trono de Gondor. Merry, entretanto, permanece com os rohirrim, para servir ao rei Théoden, que reune todos os guerreiros aptos de seu reino e parte para a guerra em Minas Tirith. Junto com ele vão Aragorn, Legolas e Gimli.
Enquanto isso, Sam penetra na torre de Cirith Ungol, e resgata Frodo, que era mantido prisioneiro. Com muita sorte, ambos escapam dos muitos orcs, e adentram Mordor, uma imensa terra devastada, coberta de pó, cinza e fogo, cujo próprio ar é carregado de fumaça venenosa.
Após receberem uma mensagem de Elrond, Aragorn, Legolas e Gimli deixam o exército de Rohan e viajam então para as Sendas dos Mortos. Lá Aragorn convoca um exército de almas penadas/ mortos-vivos (o livro não deixa muito claro) a cumprirem um antigo juramento de lealdade para com Isildur, o primeiro rei de Gondor e seu ancestral direto. Os mortos haviam jurado lutar ao lado de Gondor mas fugiram para as montanhas quando foram chamados à guerra. Isildur então os amaldiçoou a não terem paz, nem na vida nem na morte, até que sua promessa fosse cumprida.
Quando a guerra se abate sobre Gondor, o exército dos mortos, liderado por Aragorn, liberta um porto no grande rio Anduin, dominado pelos Haradrim (habitantes do sul da Terra-Média), o que permite o embarque de tropas aliadas que vão em auxílio de Minas Tirith, sitiada pelas Tropas de Sauron. Terminada a batalha dos Campos do Pelennor,que ainda não fora a batalha definitiva, os exércitos de Gondor e Rohan, marcham rumo ao Portão Negro de Mordor. O objetivo da arriscada manobra é atrair os exércitos remanescentes do Inimigo e esvaziar a Terra Negra, possibilitando a passagem de Frodo e Sam até a Montanha da Perdição, onde o Anel do Poder poderia ser destruído.
Tudo ocorre como previsto: os exércitos de Mordor caem na armadilha. Frodo e Sam conseguem passar, todavia antes de entrarem na Montanha da Perdição, encontram Gollum em seu caminho. Os hobbits se separam, Frodo adentra as Fendas da Perdição, uma câmara no vulcão que dá acesso à lava chamejante. Quando já está à beira do precipício, surpreendentemente, Frodo é dominado pelo Anel do Poder e o reivindica para si: "o anel é meu, não vou destruí-lo!". Nisso, Gollum intervém, ele e Frodo lutam ferozmente, até que Gollum arranca o anel das mãos de Frodo. Gollum escorrega e cai acidentalmente (ou não) na lava ardente, levando consigo o Um Anel, que é destruído, assim como Sauron, cujo espírito estava vinculado ao anel, e seus servos orcs, que dependiam de sua força e comando.
Aragorn então assume o trono de Gondor com o nome élfico Elessar, sendo coroado Rei por Gandalf, e se casa com a meia-elfa Arwen. Tem início assim a Quarta Era, a era do Domínio dos Homens. Os elfos remanescentes da Terra-Média decidem partir para Aman, morada dos deuses Valar.
O Um Anel
Os quatro Hobbits então retornam para o Condado, tendo que enfrentar um último inimigo: Saruman que se apossou do Condado. Mas o mago acaba morto pelas mãos de Grima Língua-de-cobra, e a paz volta à terra dos hobbits.
O livro termina com a partida para as Terras Imortais (Aman) de Gandalf, Galadriel, Elrond assim como dos hobbits Frodo e seu tio Bilbo, que, embora mortais, conquistam o direito de viver o resto de seus dias junto aos Elfos e aos Valar, como reconhecimento de sua lealdade e sacrifício durante a Guerra contra Sauron e por terem sido portadores do Anel Um.

A escrita da obra-prima

O Senhor dos Anéis foi iniciado como um sequência para o Hobbit, história publicada em 1937 que Tolkien tinha escrito e tinha sido lida originalmente por muitos jovens. A popularidade de O Hobbit levou seu editor a pedir por mais histórias sobre hobbits, de modo que o mesmo ano Tolkien, com 45 anos de idade, começou a escrever a história que se transformaria no Senhor dos Anéis. A história não seria terminada até 12 anos mais tarde, em 1949, e não foi publicado antes de 1954, quando Tolkien tinha 63 anos de idade.
Tolkien originalmente não pretendia escrever uma sequência para O Hobbit, e nesse tempo dedicou-se mais a histórias infantis, tais como Roverandom e Mestre Gil de Ham. Como seu trabalho principal, Tolkien esboçava a história de Arda, das Silmarils e das raças que habitavam a Terra. Tolkien morreu antes de terminar e unir este trabalho, conhecido hoje como o Silmarillion, mas seu filho Christopher Tolkien editou o trabalho do seu pai e publicou-o em 1977. Alguns biógrafos de Tolkien consideram O Silmarillion como o verdadeiro "trabalho de seu coração", fornecendo o contexto histórico e linguístico para seu trabalho mais popular e para suas línguas criadas, que ocupavam a maior parte do tempo de Tolkien. Em consequência O Senhor dos Anéis terminou acima dos últimos movimentos do legendário de Tolkien e em sua própria opinião "muito maior, e eu espero também na proporção do melhor, do ciclo inteiro."
As Estátuas de Isildur e Anárion
Persuadido por seus editores, começou "um novo Hobbit" em dezembro de 1937. Depois que diversos começos falsos, a história do Um Anel logo emergiu e o livro mudou de uma sequência do Hobbit, para mais uma sequência do ainda não publicado Silmarillion. A criação do primeiro capítulo (Uma festa muito esperada) sucedeu bem, embora as razões por atrás do desaparecimento de Bilbo, do significado do anel e do título do Senhor dos Anéis não chegassem até a primavera de 1938. Originalmente, planejou escrever uma outra história em que Bilbo tinha esgotado todo seu tesouro e procurava uma outra aventura para ganhar mais; entretanto, recordou-se do anel e seus poderes e decidiu-se escrever preferivelmente sobre ele. Começou com o Bilbo como personagem principal, mas decidiu-se que a história era demasiada séria usar um hobbit divertido e amoroso e assim que Tolkien procurou usar um membro da família de Bilbo. Pensou sobre usar um filho de Bilbo, mas isto gerou algumas perguntas difíceis, tais como local onde encontrou sua esposa e se esta deixaria seu filho entrar em perigo. Assim procurou um personagem alterno para carregar o anel. Nas legendas gregas, era o sobrinho do herói que ganhava o artigo de poder, e assim que o hobbit Frodo surgiu.
A escrita era lenta devido ao perfeccionismo de Tolkien e foi interrompida frequentemente, por suas obrigações como professor e por outros deveres acadêmicos.
Ele abandonou O Senhor dos Anéis durante a maior parte de 1943 e o reiniciou somente em abril de 1944. Christopher Tolkien, filho de Tolkien, e C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia, seu grande amigo, recebiam notícias sobre a história frequentemente - Tolkien enviava para o filho uma série de cópias dos capítulos enquanto os escrevia, quando Christopher estava servindo na África do Sul na Força Aérea Real. Prosseguiu outra vez em 1946, e mostrou uma cópia do manuscrito a seus editores em 1947. A história foi eficazmente terminada o ano seguinte, mas Tolkien não terminou de revisar as últimas partes do trabalho até 1949.
Uma disputa com seus editores Allen & Unwin fez com que Tolkien oferecesse o livro à Collins em 1950. Tolkien pretendia que o Silmarillion (com a maior parte ainda não revisada até neste momento) fosse publicado junto com O Senhor dos Anéis, mas a Allen & Unwin se recusava a fazer isto, e mais: queriam que O Senhor dos Anéis fosse dividido em três partes para baratear os custos. Depois que seu contato em Collins, Milton Waldman expressou a opinião de que O Senhor dos Anéis "necessitava urgentemente de uma redução", e exigiu finalmente que o livro fosse publicado em 1952. Não fizeram isso, e assim Tolkien escreveu a Allen & Unwin novamente, dizendo que "consideraria satisfatoria a publicação de qualquer parte do material.". Desse modo, A Sociedade do Anel e As Duas Torres foram publicados em 1954 e O Retorno do Rei, depois de revisões nos apêndices, foi publicado em 1955.

Publicação

Gandalf - O Branco
Na publicação, a maior parte dos custos foi devido à falta (e preço) do papel no pós-guerra, mas para manter o preço baixo da primeira edição, o livro foi dividido em três volumes: A Sociedade do Anel, publicado em 1954, As Duas Torres, publicado alguns meses depois, O Retorno do Rei e mais seis apêndices, publicado em 1955. O atraso na produção dos apêndices, dos mapas e especialmente os índices resultou que fossem publicados mais tarde do que esperado - em 21 de julho de 1954, em 11 de novembro de 1954 e em 20 de outubro de 1955, respectivamente, no Reino Unido. O Retorno do Rei foi especialmente atrasado. Tolkien inclusive não gostou muito do título de O Retorno do Rei, acreditando que era demasiado afastado da linha da história. Tinha sugerido originalmente o título A Guerra do Anel, que foi rejeitada por seus editores.
Os livros foram publicados sob um arranjo de "partipação nos lucros", por meio do qual Tolkien não receberia um adiantamento ou direitos autorais até que os livros cobrissem os gastos, depois do qual teria uma parte grande dos lucros. Um índice para os três volumes, que viria no fim do último, já fora prometido à época do lançamento do primeiro volume, mas provou-se ser imprático para compilá-lo num período razoável. Em 1966, quatro índices, não compilados por Tolkien, foram adicionados ao Retorno do Rei.

A voz dos críticos

O Senhor dos Anéis sempre foi um livro bastante controverso. Sob rótulos de "Lixo Juvenil", mas também alumiado por elogios fervorosos, essa obra ainda sobrevive para que possa receber as mais diversas opiniões.
Começando pelas críticas favoráveis, destacamos algumas das mais importantes.
O jornal Sunday Telegraph se manifestou à época do lançamento do livro dizendo que ele estava "entre os maiores trabalhos de ficção do século XX". A conclusão parecida, conquanto mais teatral, chegou o Sunday Times, afirmando que "o mundo do Inglês está dividido entre aqueles que leram O Senhor dos Anéis e O Hobbit, e aqueles que ainda vão ler".
W.H.Auden escreveu ao New York Times: "A primeira coisa que pedimos é que a aventura seja […] empolgante; sob este aspecto a inventividade do Sr. Tolkien é incansável […e] o leitor exige que pareça real […] O Sr. Tolkien tem a sorte de possuir um espantoso dom de dar nomes e um olho […] exato para descrições. […] O conto mostra no espelho a única natureza que conhecemos: a nossa própria; também nisto o Sr. Tolkien teve um êxito soberbo. O que ocorreu no Condado […] na Terceira Era […] não somente é fascinante em A.D. 1954, mas é também um alerta e uma inspiração." Sobre a capacidade de inventar nomes, O Senhor dos Anéis conta com 301 nomes de pessoas e animais, e 433 nomes de lugares.
Donald Barr falou, no New York Times também, sobre uma coisa que Tolkien muito amava: "O Sr. Tolkien é um afamado filólogo britânico, e a linguagem de sua narrativa nos recorda que um filólogo é um homem que ama a língua."
Arwen Undomiel
E John Gardner escreve sobre o livro, falando sobre "a rica caracterização, o brilho imagético, um senso de lugar vigorosamente imaginado e detalhado, e [a] aventura brilhante."
Mas nem tudo era elogios. Richard Jenkyns escreveu ao The New Republic que os personagens e o próprio trabalho de Tolkien são "anêmicos, e carentes de fibra".
A crítica mais ácida veio talvez de Edmund Wilson, ao The Nation: "Ficamos perplexos ao pensar por que o autor terá suposto que escrevia para adultos. […] Exceto quando é pedante e também aborrece o leitor adulto, há pouca coisa no Senhor dos Anéis acima da inteligência de uma criança de sete anos. […]A prosa e o verso estão no […] nível de amadorismo profissional. […]Os personagens falam uma língua de livro de histórias […e] não se impõe como personalidades. Ao final deste […] romance, eu ainda não tinha uma concepção do mago Gandalph [sic]. […] Esses personagens estão envolvidos em intermináveis aventuras, a pobreza de invenção demonstrada nas quais, é […] quase patética. […] Como é que esses extensos volumes de […] baboseiras provocam tais tributos […]? A resposta […] é que certas pessoas […] têm um apetite vitalício por lixo juvenil."."
Ronald Kyrmse, um dos maiores especialistas brasileiros em Tolkien e autor do livro Explicando Tolkien, rebate a crítica da "língua de livro de histórias" dizendo que: "Não só Tolkien cria nomes e frases como ninguém, mas os idiomas élficos são testemunha da sua habilidade linguistica." e sobre a tal "pobreza de imaginação patética", Kyrmse afirma que "Tolkien não fez outra coisa na sua vida literária senão criar uma mitologia. […] O problema de Tolkien é que os críticos não têm com o que compará-lo, pelo menos na literatura contemporânea. Isso gera uma incompreensão que os leva a rejeitá-lo."

Influência

Aragorn
O Senhor dos Anéis começou como uma exploração pessoal de Tolkien de seus interesses na Filologia, religião (particularmente Igreja Católica), Contos de fadas, assim como a Mitologia nórdica, mas também foi influenciado, de forma crucial, pelos fatos que ocorreram em seu serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial. Tolkien criou um universo fictício completo e altamente detalhado (Eä), onde O Senhor dos Anéis se passa, e muitas partes deste mundo eram, como ele admitia livremente, influenciado por outras origens.
Uma vez, Tolkien descreveu O Senhor dos Anéis ao seu amigo, o padre jesuíta Robert Murray, como "um trabalho fundamentalmente religioso e Católico, inconscientemente no início, mas ciente disso na revisão [do livro]." Há muitos temas teológicos subjacentes na narrativa, incluindo a luta de bem contra o mal, o triunfo do excesso vaidade na humanidade e a atividade da Graça Divina. Além disso o trecho do Pai Nosso "e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal" esteva sempre presente na mente de Tolkien quando descreveu luta de Frodo de contra o poder do Um Anel.
Os motivos religiosos não-cristãos também tiveram fortes influências na Terra-média de Tolkien. Os Ainur, uma raça de seres angelicais que foram responsáveis pela concepção do mundo, incluíam os Valar, que formam um panteão de "deuses" quem são responsáveis por toda a manutenção do Mundo em seus aspectos materiais e abstratos. O conceito dos Valar ecoa na mitologia grega e nórdica, embora os próprios Ainur e o mundo sejam criações de uma divindade sozinha - Ilúvatar ou Eru, "O Único".
As mitologias do norte europeu são talvez as mais bem conhecidas influências não-Cristãs em Tolkien. Seus elfos e anões são parecidos e muito baseados na mitologia nórdica e relacionados à mitologia germânica. Os nomes tais como "Gandalf", "Gimli" e "Terra-média" são derivados diretamente do mitologia nórdica. A figura de Gandalf é particularmente influenciada pela divindade germânica Odin em sua encarnação como "O Viajante", um homem velho com uma longa barba branca, um chapéu de bordas largas e uma cajado; Tolkien declarou que pensava em Gandalf como um "Odin errante" em uma carta de 1946. As influências específicas incluem o poema Anglo-Saxão Beowulf.
O Senhor dos Anéis foi fortemente influenciado pelas experiências de Tolkien durante a Primeira guerra mundial, onde lutou, e pela partida de seu filho para lutar Segunda guerra mundial.
Depois da publicação de O Senhor dos Anéis, devido à sua influência ocorreu a especulação que o Um Anel fosse um metáfora da bomba nuclear. Tolkien, entretanto, insistiu repetidas vezes que seus trabalhos não apresentavam aquele tipo de alegoria, indicando no prefácio de O Senhor dos Anéis que não havia gostado desta especulação e que a história não era alegórica. Tolkien já tinha terminado grande parte do livro, incluindo o final, antes que as primeiras bombas nucleares tivessem sido conhecidas pelo mundo, com sua explosão em Hiroshima e em Nagasaki em agosto de 1945.
Alguns locais e suas características foram inspiradas em locais da infância de Tolkien como Sarehole (então uma vila de Worcestershire, agora parte de Birmingham) e Birmingham. Tolkien sugeriu que o Condado e suas redondezas eram baseados nos campos em torno da faculdade de Stonyhurst em Lancashire, que Tolkien frequentou durante a década de 1940.

Adaptações do livro

O livro já foi adaptado para o rádio, o cinema e televisão e os palcos.

No rádio

O livro foi adaptado para o rádio três vezes. Em 1955 e em 1956, a BBC passou O Senhor dos Anéis, uma adaptação em doze partes da história para o rádio, da qual nenhuma gravação sobrou. Em 1979, uma dramatização da história foi transmitida nos Estados Unidos e depois colocadas em fita e CD. Em 1981, a BBC transmitiu uma nova dramatização em 26 partes de meia hora.

Na tela

Éomer - Filho do Rei Théoden
 As adaptações para a tela incluem uma animação em 1978, quando Ralph Bakshi produziu a primeira versão em desenho animado sobre o Senhor dos Anéis. A produção não foi um sucesso. Seguindo o enredo de A Sociedade do Anel e de As Duas Torres, devia ser dividido em duas partes. O desenho tinha muitos cortes e a qualidade da animação não era muito boa, mas serviu como uma alavanca para uma maior abrangência dos livros. Porém, mesmo e principalmente entre os fãs, nunca houve grande aceitação sobre essa animação. A outra parte, O Retorno do Rei, em 1980, foi um especial animado para a TV por Rankin-Bass, que tinha produzido uma versão similar a O Hobbit em 1977.
Em 1999, o diretor Peter Jackson resolveu adaptar O Senhor dos Anéis para o cinema. A trilogia foi filmada simultaneamente, e está entre os recordes de bilheteria, além de ter acumulado dezessete Oscars, 4 para o primeiro, 2 para o segundo e 11 para o terceiro. A empresa que realizou os filmes chama-se WETA Workshop Ltd..
Os direitos dos filmes e do enredo estão em poder da Electronic Arts, para fazer jogos de computador e para videogames.
Para mais informações confira:
  • The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (2001)
  • The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)
  • The Lord of the Rings: The Return of the King (2003)

Nos palcos

Já houve muitas produções teatrais baseadas nos livros. Três foram apresentadas em Cincinnati, Ohio, Estados Unidos: A Sociedade do Anel (2001), As Duas Torres (2002) e O Retorno do Rei (2003). Um musical de O Senhor dos Anéis foi apresentado em 2006 em Toronto, Ontário, Canadá.





domingo, 29 de janeiro de 2012

AQUECIMENTO COM MARCELO TAS

SOCIEDADE, CULTURA E TECNOLOGIAS

     Discussão das questões abaixo, a partir da entrevista do apresentador Marcelo Tas, publicada no livro Cultura Digital.br.

1. O entrevistado diz que valorizamos demais o termo digital, quando tudo é cultura. Ao falar sobre isto ele chama a atenção para dois polos, à superestimação e a subestimação da tecnologia. Trace um paralelo entre as ideias do entrevistado com as ideias de Lucia Santaella, no texto discutido em nosso alongamento, quando ela se refere à definição de mídia.

     De acordo com o apresentador Marcelo Tas na atual sociedade vive-se um pouco confuso com toda essa tecnologia, pois alguns superestimam-na e outros subestimam-na.

     Toda essa tecnologia é subestimada quando uma pessoa não tem conhecimento sobre como usar o computador, por exemplo, e fica com medo de usá-lo ou faz como Marcelo Tas disse fica utilizando uma Olivetti e se privam de usar uma tecnologia que poderia ajudá-la a desenvolver um trabalho melhor e bem mais rápido que a Olivetti, pois o computador possui ferramentas que uma máquina de escrever não possui.

     Por outro lado já tem aquelas pessoas que subestimam a tecnologia, pois como diz o apresentador Marcelo Tas só porque alguém publicou algo num blog ou twitter já é considerado um gênio. É necessário que se avalie, pois hoje qualquer pessoa pode escrever algo e publicar na internet. E sem saber se o quê foi publicado é realmente algo confiável, só porque está na internet às pessoas saem divulgando.

      Para Lucia Santaella mídias
 São meios, e meios, como o próprio nome diz, são simplesmente meios, isto é, suportes materiais, canais físicos, nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transitam. Por isso mesmo, o veículo, meio ou mídia de comunicação é o componente mais superficial, no senti do de ser aquele que primeiro aparece no processo comunicativo. (2003, p.25)
     E Marcelo Tas compartilha do mesmo pensamento, pois o mesmo dá dois exemplos de uso das mídias. O primeiro exemplo é o de sua avozinha de 90 anos que mesmo sem acessar a internet está inserida no mundo das mídias através de suas contas, quando ela vai ao supermercado e também quando ela assiste à televisão analógica mesmo sem saber ela utiliza as mídias. O outro exemplo mencionado pelo apresentador é o do taxista que ao começar trabalhar e ligar o seu rádio ele já fica sabendo o que aconteceu com uma pessoa que está no outro lado do mundo, mesmo não estando conectado à internet. Portanto para ambos, Lucia Santaella e Marcelo Tas, mídias é o meio para se transmitir uma informação.


2. Temos enfrentado alguns problemas com o Moodle em nossa disciplina e tenho solicitado que usem outras ferramentas disponíveis na Internet para postarem suas respostas. Discuta esta relação com a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem para fazer com a moto." (p. 234).


     É possível compreender que se vive numa era muito especial, mas que muitas pessoas não estão preparadas para o quê está acontecendo no mundo com toda tecnologia que está sendo oferecida. Porque as pessoas ficam perdendo tempo com discussões sobre a internet, ao invés disso deveriam apreender como utilizá-la.


      Pois a internet possui muitas ferramentas para facilitar a vida, principalmente dos estudantes, agora é necessário saber filtras o que ela oferece.


3. O que é relevância e discernimento, defendidos pelo entrevistado.



     Segundo Marcelo Tas relevância é a pessoa que criou um blog, ou possui twitter, por exemplo, consiga manter as pessoas que já entraram na sua página na internet, pois hoje é fácil ter audiência o difícil é justamente manter essa audiência, porque quem está procurando algo na internet procura saber se o quê foi publicado é realmente relevante ou não.


     Conforme o apresentador Marcelo Tas vive-se numa época em que há montanhas enormes de informações, porém cabe a cada um avaliar o que se encontra na mídia, por isso é indispensável se ter discernimento para buscar algo que possa ser seguro, ou seja, que possa ser bem aceito pelo público que se deseja alcançar e que seja de qualidade.


4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele, vinculando-o com outro autor da área de educação.


       Marcelo Tas diz que hoje o professor não é dono do conhecimento e que agora o papel do mesmo é “produzir insights, de fricções de mentes e coração”, pois os alunos têm as informações na rede e é necessário apenas que se saiba selecionar o que se encontra na mesma.


       Já Dimenstein (1997, p.10 apud Nascimento, 2001, p. 34) diz que
Hoje, o profissional que não se mantém atualizado com novos softwares, sistemas e tecnologias corre o risco de se ver completamente defasado com poucos anos de formado, necessitando adotar hábitos de aprendizagem permanente para poder continuar capaz de acompanhar as transformações do mercado.
      Percebe-se que para esse momento da era digital o papel do professor vem modificando e para ele cumprir com seu papel é necessário que ele mude suas ferramentas de trabalho para alcançar o resultado que ele deseja e para isso se faz necessário que continue estudando para acompanhar as transformações que estão ocorrendo no mundo e no universo educacional.

5. "Então a gente já vive imerso nesta gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se relacionar com isso." (p. 241). Comente esta afirmação tendo por base a caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.

     Marcelo Tas diz que: “O taxista ouve rádio. O rádio está totalmente contaminado pelo mundo digital. Então o taxista vive o dia inteiro navegando na internet, mesmo que ele não tenha conexão dentro do carro “ (p. 241).

      É possível se compreender que se vive em meio às informações, pois as mídias oferecem essa magia, pois o que acontece no Japão que está localizado no outro lado do mundo pode-se vê e ouvir em tempo real, agora cabe a cada um saber filtrar (selecionar) o que está sendo oferecido nas mídias.

         Lucia Santaella (2003) diz
a cultura das mídias, que é uma cultura do disponível, e a cibercultura, a cultura do acesso. Mas é a convergência das mídias, na coexistência com a cultura de massas e a cultura das mídias, estas últimas em plena atividade, que tem sido responsável pelo nível de exacerbação que a produção e circulação da informação atingiu nos nossos dias e que é uma das marcas registradas da cultura digital. (2003, p.28)
       Para Santaella(2003) a cultura digital é a junção de todas as outras culturas e que juntas produzem muitas informações que é a marca da era digital.    

REFERÊNCIAS

SANTAELLA, Lucia. Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano. Disponível na Internet via URL http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/3229/2493. Acesso em 01.01.2012
TAS, Marcelo. Entrevista. In: SAVAZONI, Rodrigo; COHN, Sergio (orgs). Cultura Digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009. p. 231-241.

NASCIMENTO, Gabriela. Rosalina, Lynn, BORGES, Jamile da Silva(orgs). Educação e Cibercultura. Salvador: Editora EDUFBA, 2001 p.34-43. Disponível em <http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-edu-com-tec/publicacoes/educacao%20e%20cibercultura.pdf>.  Acesso em 28/01/12

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SOCIEDADE, CULTURA E TECNOLOGIA

Discussão do texto “Da cultura da mídias à cibercultura: o advento do pós-humano” de Lúcia Santaella.

1. Quais são as características listadas pela autora e como estão caracterizadas?

      A autora lista seis categorias que ela chama de eras culturais ou de formações culturais que são elas:

                                                   CULTURA ORAL

                                                   CULTURA DA ESCRITA

                                                   CULTURA IMPRESSA

                                                   CULTURA DE MASSAS

                                                   CULTURA DA MÍDIAS

                                                   CULTURA DIGITAL
 
      Após a realização da leitura do artigo em questão percebe-se que a autora não deixa claro as características específicas de cada uma das eras culturais (ou formações culturais).

Cultura Oral

      Falando da Cultura Oral entende-se que ela aconteceu antes da Cultura escrita, de acordo com Santaella p. 25 as mídias são conformadoras  de novos ambientes sociais, pode-se estudar sociedades cuja cultura se molda pela oralidade.
       Com base nesse trecho percebe-se que mesmo hoje que se considera a sociedade da modernidade, a oralidade está presente, e uma presença marcante, porque junto com as mídias a oralidade faz parte da sociedade, através de conferências que acontece em tempo real.

Cultura Escrita

       Cultura da Escrita – de acordo com a autora na p. 25, em cada período histórico, a cultura fica  sob o domínio da técnica ou da tecnologia de comunicação mais recente. A escrita é de grande importância para a sociedade atual, vem evoluindo e os suportes que são utilizados para usá-la também estão evoluindo, como a autora citou o papiro que foi usada na sociedade, hoje usa-se o mundo virtual para se expressar.

      Cultura Impressa – Na p. 26 Santaella diz que a cultura impressa não nasceu diretamente da cultura oral. Foi antecedida por  uma rica cultura da escrita não alfabética. E que a mesma continua viva e na memória da espécie.
Cultura Impressa

        Cultura de Massas – A autora diz na página 26, a Cultura de massa é uma fase transitória entre a cultura das mídias e a cultura virtual ou a cibercultura.
Cultura de Massas
Cultura de Mídias

      Cultura das Mídias – Segundo a autora foi através das misturas de linguagens e meios que as mídias começaram a se multiplicar, por exemplo, suplementos literários ou culturais especializados de jornais e revistas etc. Ao mesmo tempo equipamento e dispositivos surgiam o que possibilitou o aparecimento de uma cultura do disponível.

       Cultura Digital – De acordo com a autora p. 27, a principal diferença da cultura digital das demais culturas está ocorrendo a convergência das mídias, um fenômeno muito distinto da convivência das mídias típicas da cultura das mídias. E a mesma é considerada cultura do acesso.
      É importante lembrar que uma cultura não desaparece com o surgimento de outra, mas a sempre um processo cumulativo de complexificação, ou seja, a um reajustamento e refuncionalização com o intuito de aprimorar todas as culturas em uma só com o propósito de se adequarem ao mundo moderno atual.
Cultura Digital

2. Em que categoria estamos atualmente – acrescente exemplo.

        Vivemos hoje na Era Digital, pois de acordo com a autora existe uma confraternização de todas as formas de comunicação e de cultura. Onde todas as culturas coexistem produzindo uma quantidade de informação exacerbadora na atualidade. Por exemplo: facebook, Orkut, Linkedin, Myspace, Tablet, Computador, Iphone, Ipad e outros. Facilitando o acesso às informações de forma fácil e objetiva.

REFERÊNCIAS:
SANTAELLA, Lucia. Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano. Disponível na Internet via URL <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php
/revistafamecos/article/viewFile/3229/2493>. Acesso em 19.01.2012.

SITES DAS IMAGENS:
http://www.tecnocratadigital.com.br
http://www.artes203.blogspot.com
http://www.juanpiva.blogspot.com
http://www.portalodm.com.br
http://www.onmanager.blogspot.com
http://www.historiadoteatroufpel.blogspot.com

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

STEVE JOBS



Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 — Palo Alto, Califórnia, 5 de outubro de 2011) foi um inventor, empresário e magnata americano no sector da informática. Notabilizou-se como co-fundador, presidente e director executivo da Apple Inc. Foi também director executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e accionista individual máximo da The Walt Disney Company.
No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica de usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh.
Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor.
Morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos, em decorrência de um câncer pancreático.

Juventude

Steve Jobs na sua juventude
Steve Jobs nasceu em San Francisco, filho de Joanne Simpson e do imigrante sírio Abdulfattah John Jandali. Os seus pais biológicos deram-no para adopção, pois não lhe podiam proporcionar condições para que Steve se formasse na universidade. Outra versão, no entanto, é que o pai de Joanne não queria o casamento e então ela teria decidido dar o bebê para adoção.
Foi adotado por Paul e Clara Hagopian Jobs, que lhe deram o nome de Steven Paul. Quando completou 17 anos, entrou na universidade Reed College em Portland, Oregon e, depois de 6 meses, se vê obrigado a abandonar a universidade, devido aos seus elevados custos.

  

CARREIRA

O começo da Apple

 

Ao lado de seu parceiro tecnológico Steve Wozniak, Jobs fundou a Apple Computer em 1976 com o lançamento do Apple I e logo depois o Apple II. Com a Apple capitalizada pelos seus computadores "criativos" e simples, respeitada pela sua ousadia, a partir de 1979 iniciaram em conjunto a criação de um projeto que iria revolucionar tudo em matéria de hardware e software. Era o então projeto Macintosh, que ainda estava em suas cabeças e no papel. Este projeto sugeria o desenvolvimento de uma interface gráfica baseada por navegação de ícones, pastas e janelas (a chamada GUI) tudo isso acionado por um mouse - naqueles tempos os computadores só usavam o teclado - e uma prévia demonstração da tecnologia foi vista por Jobs numa polêmica visita ao PARC da Xerox Corporation, o que lhe rendeu algumas acusações sem provas concretas de espionagem industrial, fato que ainda não foi totalmente esclarecido e ao que tudo indica o modelo do sistema da Xerox foi apenas uma inspiração que desencadeou a criação do primeiro Mac OS (o sistema operacional padrão nos Macintosh).
Em 1984, a Apple lançou o Macintosh, o primeiro e único computador geral com recursos de desenho, tipografia, além de uma interface gráfica abundante.O lançamento do computador foi feito com um grande estardalhaço através de uma campanha publicitária exibida nos intervalos do Super Bowl, evento que atinge picos de audiência enormes. Este comercial de TV foi emblemático pela sua ideia criativa e já demonstrava uma certa rixa entre Apple e IBM. O comercial faz uma analogia ao livro de ficção científica homônimo de George Orwell "1984".

Steve Jobs e sua criação: O Macintosh

Saída da Apple - 1985

 

 Em 1985, Jobs foi forçado a deixar a Apple pelo conselho de administração da empresa, e fundou uma outra empresa de computadores, a NeXT. Em 1986, comprou a Pixar da Lucasfilm, que anos mais tarde ficou famosa por uma nova linguagem de animação 3D para desenhos animados. Na década de 1990, a Pixar sob liderança de Steve Jobs produziu o primeiro filme infantil animado na sua totalidade por computador, Toy Story. No dia 24 de janeiro de 2006 a Walt Disney Company adquiriu a Pixar por 7,4 bilhões de dólares. A Disney/Pixar é atualmente o maior estúdio de filmes animados do mundo.

 

 

Retorno a Apple - 1997

 

Em 1996 a Apple, que estava desenvolvendo um novo sistema operacional, comprou de Steve Jobs a NeXT Computer para poder utilizar o NeXTStep como base para o seu novo sistema operacional. Com esta operação Jobs retornou para a Apple - que estava numa situação financeira frágil e a ponto de fechar - em 1997 como consultor. A companhia foi salva a tempo com a venda de 40% das ações a rival Microsoft, com uma ideia e um produto criativo de impacto introduzindo o iMac em 1998 com o novo sistema operacional o Mac OS 9. Com o passar dos anos a Apple readquiriu as ações da Microsoft, que evitaram sua falência.
Depois do sucesso de vendas dos primeiros iMacs, preparou uma nova revolução, a de refazer o famoso Mac OS, criando uma nova e poderosa plataforma que uniu o poder e a estabilidade do sistema Unix com a praticidade e elegância do tradicional Mac OS. Em 2000 foi lançado o Mac OS X.
Sob a orientação de Jobs, a Apple aumentou suas vendas significativamente depois destas inovações implantadas por ele e sua equipe. O iMac foi o primeiro computador introduzido no mercado com várias características avançadas, principalmente pelo seu design inovador e pelo material utilizado, basicamente o plástico translúcido e colorido, o que decretou a morte da cor padrão para PCs (o bege), e a partir de então muitos deles passaram a usar este tipo de material nos produtos de informática em geral. Desde então, Jobs vem trabalhando muito em ideias criativas deste nível e obtendo sucesso de vendas com elas.
Uma de suas inovações foi ramificar a Apple para além de seu mercado restrito da informática, passando a atuar na área de eletrônica, telecomunicações (iPhone) e músicas digitais (AAC e MP3), com a introdução em 2001 do tocador portátil de música iPod, integrado com sua loja de venda legal de música pela internet através do iTunes, um software dedicado para reprodução de áudio, vídeo, CDs e de rádios online. O iPod conquistou o público por sua leveza, praticidade, modernidade e simplicidade.
Em 2007 a Apple passou a comercializar telefones celulares, chamados de iPhone, com tecnologia de toque (batizada de multi-touch por aceitar toques simultâneos); em 2008 lançou a versão de tecnologia 3G do aparelho, iPhone 3G; em julho de 2009 lançou o iPhone 3gs (speed), com comando de voz e muito mais rápido que os modelos anteriores.
O iMac da Apple
Em junho de 2010, a Apple lançou o iPhone 4. Uma das maiores novidades, muito aguardada pelos usuários das versões anteriores, foi a possibilidade do multitask (execução de vários programas simultaneamente), além de câmera com 5 MP com flash, entre outras mudanças. O iPhone 4 foi alvo de polêmicas, após alguns usuários (0,55%, de acordo com a própria fábrica) constatarem que, se tocado em determinado ponto (onde ficava a antena), o equipamento sofria queda de sinal. Poucas semanas depois, Steve Jobs apresentou-se publicamente em uma conferência, admitindo a existência do problema. Para contorná-lo, os usuários teriam duas opções: receber gratuitamente uma espécie de capa para evitar o toque na antena; ou então ir a qualquer loja da Apple para a devolução do dinheiro.

 

MacWorld

 

O iPod da Apple
Steve Jobs fazia anualmente palestras emblemáticas (Keynotes), nas MacWorlds, quando lançava suas tão esperadas ideias para a Apple (e o público se frustrava muito quando não havia novidades convincentes nestes eventos da Apple). Jobs e seus parceiros apresentavam as novidades que a empresa lançaria em cada temporada. Muitas dessas novidades acabavam se tornando tendência de mercado. No final de 2008, a Apple declarou que a MacWorld 2009 seria a última de que a empresa iria participar. Nesta edição do evento, Phil Schiller, vice-presidente de marketing de produtos da Apple na época, foi o palestrante oficial.

 

Rivalidades

 

A rivalidade de Steve Jobs com Bill Gates, ex-presidente e dono da Microsoft, já é elemento cultural do setor. Essa disputa pode ser conferida no filme produzido pelo canal de TV a cabo TNT, "Pirates of Silicon Valley" (Piratas do Vale do Silício, na versão em português), que aborda a biografia deles e das suas empresas, algumas vezes de forma exagerada. Podemos ver a disputa que existia entre eles e suas respectivas empresas muito antes de serem os icones e "idolos" que são hoje.Pixar e Disney
Em 1986, Jobs comprou da Lucasfilm um estúdio de computação gráfica, o Pixar Studios, por 5 milhões de dólares. Com uma parceria estratégica com a Disney criou, produziu e lançou vários filmes em animação 3D de sucesso, tais como o Toy Story, Procurando Nemo, Ratatouille, "Up, Altas Aventuras" e o mais recente " Carros 2 ". Com a compra dos estúdios Pixar pelo grupo de comunicação e entretenimento Walt Disney, Jobs se tornou o maior accionista individual da Disney, onde deveria ocupar um posto no conselho directivo, segundo uma nota divulgada pela empresa compradora no dia da compra, em Janeiro de 2006.

O iPhone da Apple

Renúncia

 

Em 24 de agosto de 2011, Jobs renunciou à presidência da Apple. Ele esperava permanecer como presidente da mesa diretora da empresa, recomendando em sua carta de demissão que Tim Cook fosse nomeado seu sucessor.

O iPad da Apple

Morte

Steve Jobs morreu em 5 de outubro de 2011 em decorrência de um câncer pancreático, contra o qual lutava desde 2004. O anúncio foi dado pela família dele, que disse: "morreu em paz hoje". A empresa da qual ele foi fundador e CEO, a Apple, divulgou um comunicado separadamente anunciando a morte de Steve Jobs. No comunicado, lê-se: "Estamos profundamente tristes em anunciar que Steve Jobs faleceu hoje. O brilho de Steve, sua paixão e força foram as fontes de inúmeras inovações que enriquecem e melhoram todas as nossas vidas. O mundo é incomensuravelmente melhor por causa de Steve. Os grandes amores da sua vida foram a sua esposa, Laurene e sua família. Nossos corações estão com eles e para todos que foram tocados por seus dons extraordinários."
Também em 5 de outubro de 2011, o site corporativo da Apple recebia os visitantes com uma página simples mostrando o nome de Steve Jobs, seu ano de nascimento e morte e um dos seus retratos mais famosos. Ao ser clicada, a imagem conduzia a uma página com um obituário que dizia: "A Apple perdeu um visionário e gênio criativo e o mundo todo perdeu um ser humano incrível. Aqueles de nós que tivemos o privilégio de conhecer e trabalhar com Steve perdemos um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que só ele poderia ter construído e seu espírito será sempre a base da Apple."


Steve Jobs - Discurso em Stanford - EUA - 2005